terça-feira, 16 de novembro de 2010

O que vai mudar no Myspace

A nova versão do Myspace está desde ontem disponível para os utilizadores portugueses. O portal quer agora ser um ponto de partida, não apenas para a música, mas para tudo o que seja entretenimento dirigido à geração Y, que é como quem diz menores de 35 anos. O objectivo é que os utilizadores encarem o Myspace como plataforma privilegiada para acompanharem as banda, actores ou programas de televisão favoritos. Quando a News Corp. adquiriu o Myspace em 2005 por 580 milhões de dólares, a rede social estava no auge do seu êxito, definindo-se como um ponto de encontro entre bandas de música e fãs. Cinco anos depois, o cenário alterou-se e está longe de ser a referência entre as redes sociais. O Myspace terá a nível global cerca de 130 milhões de utilizadores, enquanto o Facebook conta já com mais de 500 milhões. Pelo meio intrometeu-se o Twitter que já vai nos 175 milhões de membros. João Martins, responsável Myspace Portugal, explica em entrevista o que está a mudar no projecto.
Meios & Publicidade (M&P): A reformulação do Myspace permitiu a criação de novos espaços/soluções para os anunciantes?
João Martins (JM): A principal novidade é que será claro que o Myspace é o principal destino de entretenimento – para anunciantes e navegantes. Apostaremos em reforçar os nossos pontos fortes. Temos um entendimento profundo da web social, somos excelentes a encontrar e dar a conhecer novos trends culturais e temos conteúdo de entretenimento quase ilimitado. As novas soluções passam por associações de marcas a áreas e iniciativas específicas como por exemplo o Best of Myspace, os webchats, ou a apresentação de conteúdos exclusivos, e alavancar a nossa proposta de sponsorship multiplataforma: online, mobile, e eventos.
M&P: Que expectativas existem quanto a este novo posicionamento? Irá permitir alavancar receitas de publicidade?
JM: É importante perceber que este posicionamento reflecte a utilização actual do site, logo é uma optimização do serviço. Como tal, a expectativa é que melhore a experiência de entretenimento social e consequentemente isso se reflicta em receitas de publicidade. A teoria é simples: Quanto mais relevante for o serviço, melhor será a comercialização do mesmo.
M&P: Qual o perfil do utilizador português do Myspace?
JM: Em Portugal temos quase dois milhões de unique users e dividimos os utilizadores portugueses em três tipos: as bandas, que felizmente encontram no Myspace uma solução e um parceiro; os music addict que andam sempre a tentar descobrir novas bandas, e os utilizadores de entretenimento, que cá vêm procurar conteúdos, apenas porque ouviram falar que os Vampire Weekend vêm a Portugal e querem conhecer as músicas, porque querem ir a um concerto dum projecto nosso, ou porque querem passar umas horas entretidos.
M&P: Que parcerias e colaborações estão previstas para Portugal, de forma a captar conteúdos ligados ao entretenimento?
JM: Nós temos uma relação contínua com o mundo da música através das editoras, promotoras, ou directamente com as bandas, sendo parte do nosso trabalho diário. Além disto, seguimos uma política de porta aberta o que significa que, por sermos uma marca da web social, estamos permanentemente contactáveis. Por exemplo, o meu perfil no Myspace está aberto a qualquer utilizador e é por lá que recebo ou inicio muitas das “grandes parcerias” que temos vindo a implementar.
M&P: Que acções de activação de marca desenvolvidas no Myspace em Portugal podem ser consideradas case studies?
JM: Temos os Optimus Secret Shows que é um projecto de vários eventos com um patrocinador contínuo e que alavanca o name branding. Foi um conceito que implementámos cá e que já se espalhou por vários países. E temos a OK! Teleseguros Tour pelo apoio que dá a um artista especifico, pela descentralização que promove e ainda por agregar às acções online e offline, os conteúdos.

Fonte: Meios & Publicidade.

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